quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Conheça nossa História: A luta pela democracia no Brasil


bandeira do Brasil

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Proclamação da República (animação)


Brasão da república

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Do Ipiranga é preciso que o brado Seja um grito soberbo de fé!

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Proclamação da República

Dia da Proclamação da República do Brasil é comemorado anualmente em 15 de novembro e é considerado um feriado nacional.
A Proclamação da República do Brasil foi decretada em 15 de novembro de 1889, sendo este o momento em que o regime republicano foi instalado no país, derrubando a monarquia constitucional parlamentarista do Império e acabando com a soberania de Dom Pedro II, imperador do Brasil naquele tempo.
A Proclamação da República aconteceu no Rio de Janeiro, a antiga capital do país, por um grupo de militares liderado pelo Marechal Deodoro da Fonseca, que deu um golpe de estado no Império.
Marechal Deodoro da Fonseca instituiu uma república provisória e se consagrou o primeiro presidente do Brasil. A partir desse momento, a população poderia eleger os seus governantes, através de voto direto.
O Brasil era considerado o único país independente do continente americano que ainda era governado por um imperador. A independência do país já havia sido conquistada em 7 de setembro de 1822, através do decreto de D. Pedro I.
Saiba mais sobre a Independência do Brasil.

Origem da Proclamação da República do Brasil

Durante a Guerra do Paraguai, os militares brasileiros acabaram tendo contato com combatentes de outros países, o que os levou a aprofundar o conhecimento em outros regimes políticos.
Os militares começaram a criar um interesse muito grande pelo ideal republicano e a Guerra só evidenciou o quanto suas carreiras eram desvalorizadas, pois não tinham autonomia nenhuma, uma vez que eram comandados pelo Imperador.
Além disso, o crescimento da classe média nos grandes centros urbanos do país, fazia com que a população começasse a sentir uma maior necessidade de intervir de modo mais direto nos assuntos políticos da nação.
As oposições ao Império também partiram da igreja, pois este impôs interferências diretas no sistema organizacional do clero no Brasil, provocando um grande descontentamento nos bispos, padres e demais membros da Igreja Católica.
Mas, o que salientou e potencializou o movimento republicano foi a abolição da escravatura, através da Lei Áurea de 1888.
Os grandes proprietários rurais escravocratas também passaram a se opor ao império, pois não receberam nenhum tipo de imunização pela perda de posse dos seus escravos. Assim, quase todos os principais grupos sociais existentes naquela época começavam a partilhar a vontade de recusar as interferências impostas pelo império e garantir a liberdade política total.

Atividades para o Dia da Proclamação da República

Normalmente, em comemoração a Proclamação da República, a maioria das escolas brasileiras realizam atividades em homenagem a data em que a República foi instituída no país.
Dentre as principais atividades feitas durante o dia da Proclamação da República, destaca-se:
  • Fazer desenhos temáticos;
  • Criar e organizar peças teatrais ou musicais;
  • Escrever redações sobre a democracia ou a República;
  • Escrever poemas ou canções sobre o assunto;
  • Desfilar em homenagem à Pátria;
  • Cantar o Hino Nacional e da Proclamação da República;
  • Assistir filmes que discutam temas ligados a importância da democracia;
  • Fazer um jogo de perguntas e respostas sobre o episódio da Proclamação da República Brasileira;

Hino da Proclamação da República

A letra do Hino da Proclamação da República foi escrita por Medeiros de Albuquerque, e a música composta por Leopoldo Miguez.
Hino à Proclamação à República do Brasil:
Seja um pálio de luz desdobrado.
Sob a larga amplidão destes céus
Este canto rebel que o passado
Vem remir dos mais torpes labéus!
Seja um hino de glória que fale
De esperança, de um novo porvir!
Com visões de triunfos embale
Quem por ele lutando surgir!
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!
Nós nem cremos que escravos outrora
Tenha havido em tão nobre País...
Hoje o rubro lampejo da aurora
Acha irmãos, não tiranos hostis.
Somos todos iguais! Ao futuro
Saberemos, unidos, levar
Nosso augusto estandarte que, puro,
Brilha, ovante, da Pátria no altar!
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!
Se é mister que de peitos valentes
Haja sangue em nosso pendão,
Sangue vivo do herói Tiradentes
Batizou este audaz pavilhão!
Mensageiros de paz, paz queremos,
É de amor nossa força e poder
Mas da guerra nos transes supremos
Heis de ver-nos lutar e vencer!
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!
Do Ipiranga é preciso que o brado
Seja um grito soberbo de fé!
O Brasil já surgiu libertado,
Sobre as púrpuras régias de pé.
Eia, pois, brasileiros avante!
Verdes louros colhamos louçãos!
Seja o nosso País triunfante,
Livre terra de livres irmãos!
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!

república

Significado de República

s.f.Tipo de governo em que o Estado prioriza o interesse do povo; o país que possui esse tipo de governo: a república brasileira.[Jurídico] Maneira de governar caracterizada pela supremacia do povo cujos representantes constituem o Estado.[Por Extensão] Moradia coletiva composta somente por estudantes.[Por Extensão] Os estudantes que vivem numa república.Associação caracterizada pela falta de ordem; em que há desordem.República Nova. Período iniciado após a revolução de 1930.República Velha. Período que se iniciou com a proclamação da República e se estendeu até a revolução de 1930.[Gramática] Forma Diminutiva. Republiqueta.(Etm. do latim: respublica/ res publica)

Definição de República

Classe gramatical: substantivo feminino
Separação das sílabas: re-pú-bli-ca
Plural: repúblicas

A abolição dos escravos no Brasil - TV ESCOLA - Brasil 500 anos - parte 1/2


A abolição dos escravos no Brasil - TV ESCOLA - Brasil 500 anos - parte 2/2


As amarras da escravidão foram libertas!!

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Abolição da Escravatura - Lei Áurea

Introdução 

Na época em que os portugueses começaram a colonização do Brasil, não existia mão-de-obra para a realização de trabalhos manuais. Diante disso, eles procuraram usar o trabalho dos índios nas lavouras; entretanto, esta escravidão não pôde ser levada adiante, pois os religiosos católicos se colocaram em defesa dos índios condenando sua escravidão. Assim, os portugueses passaram a fazer o mesmo que os demais europeus daquela época. Eles foram à busca de negros na África para submetê-los ao trabalho escravo em sua colônia. Deu-se, assim, a entrada dos escravos no Brasil. De acordo com historiadores, entre 1530 e 1850, cerca de 3,5 milhões de negros africanos foram trazidos para o Brasil para trabalharem como escravos.

Processo de abolição da escravatura no Brasil 

Os negros, trazidos do continente Africano, eram transportados dentro dos porões dos navios negreiros. Devido as péssimas condições deste meio de transporte, muitos deles morriam durante a viagem. Após o desembarque eles eram comprados por fazendeiros e senhores de engenho, que os tratavam de forma cruel e desumana.  

Apesar desta prática ser considerada “normal” do ponto de vista da maioria, havia aqueles que eram contra este tipo de abuso. Estes eram os abolicionistas (grupo formado por literatos, religiosos, políticos e pessoas do povo); contudo, esta prática permaneceu por quase 300 anos. O principal fator que manteve a escravidão por um longo período foi o econômico. A economia do país contava somente com o trabalho escravo para realizar as tarefas da roça e outras tão pesados quanto estas. As providências para a libertação dos escravos deveriam ser tomadas lentamente.

A partir de 1870, a região Sul do Brasil passou a empregar assalariados brasileiros e imigrantes estrangeiros; no Norte, as usinas substituíram os primitivos engenhos, fato que permitiu a utilização de um número menor de escravos. Já nas principais cidades, era grande o desejo do surgimento de indústrias.Visando não causar prejuízo aos proprietários, o governo, pressionado pela Inglaterra, foi alcançando seus objetivos aos poucos. O primeiro passo foi dado em 1850, com a extinção do tráfico negreiro. Vinte anos mais tarde, foi declarada a Lei do Ventre-Livre (de 28 de setembro de 1871). Esta lei tornava livre os filhos de escravos que nascessem a partir de sua promulgação.

Em 1885, foi aprovada a lei Saraiva-Cotegipe ou dos Sexagenários que beneficiava os negros de mais de 65 anos. Foi em 13 de maio de 1888, através da Lei Áurea, que liberdade total finalmente foi alcançada pelos negros no Brasil. Esta lei, assinada pela Princesa Isabel, abolia de vez a escravidão no Brasil.

A vida dos negros brasileiros após a abolição

Após a abolição, a vida dos negros brasileiros continuou muito difícil. O estado brasileiro não se preocupou em oferecer condições para que os ex-escravos pudessem ser integrados no mercado de trabalho formal e assalariado. Muitos setores da elite brasileira continuaram com o preconceito. Prova disso, foi a preferência pela mão-de-obra europeia, que aumentou muito no Brasil após a abolição. Portanto, a maioria dos  negros encontrou grandes dificuldades para conseguir empregos e manter uma vida com o mínimo de condições necessárias (moradia e educação principalmente).

Você sabia?

- 23 de agosto é o Dia Internacional em Memória do Tráfico de Escravos e sua Abolição.

- Antes de ser assinada pela Princesa Isabel, a Lei Áurea foi aprovada no Senado com apenas um voto contrário. Na Câmara dos Deputados a lei teve 83 votos favoráveis (de um total de 92).

- Nosso país foi o último a acabar com a escravidão.

Dom Pedro II no Brasil (Documentário Completo Dublado)


D.Pedro II: imperador do Brasil durante o Segundo Reinado

D.Pedro II: imperador do Brasil durante o Segundo Reinado
















Bandeira do Brasil durante o Segundo Reinado

Segundo Reinado

Introdução

O Segundo Reinado é a fase da História do Brasil que corresponde ao governo de D. Pedro II. Teve início em 23 de julho de 1840, com a mudança na Constituição que declarou Pedro de Alcântara maior de idade com 14 anos e, portanto, apto para assumir o governo. O 2º Reinado terminou em 15 de novembro de 1889, com a Proclamação da República.

O governo de D. Pedro II, que durou 49 anos, foi marcado por muitas mudanças sociais, política e econômicas no Brasil.

Política no Segundo Reinado

A política no Segundo Reinado foi marcada pela disputa entre o Partido Liberal e o Conservador. Estes dois partidos defendiam quase os mesmos interesses, pois eram elitistas. Neste período o imperador escolhia o presidente do Conselho de Ministros entre os integrantes do partido que possuía maioria na Assembleia Geral. Nas eleições eram comuns as fraudes, compras de votos e até atos violentos para garantir a eleição.

Término da Guerra dos Farrapos

Quando assumiu o império a Revolução Farroupilha estava em pleno desenvolvimento. Havia uma grande possibilidade da região sul conseguir a independência do restante do país. Para evitar o sucesso da revolução, D.Pedro II nomeou o barão de Caxias como chefe do exército. Caxias utilizou a diplomacia para negociar o fim da revolta com os líderes. Em 1845, obteve sucesso através do Tratado de Poncho Verde e conseguiu colocar um fim na Revolução Farroupilha.

Revolução Praieira

A Revolução Praieira foi uma revolta liberal e federalista que ocorreu na província de Pernambuco, entre os anos de 1848 e 1850. Dentre as várias revoltas ocorridas durante o Brasil Império, esta foi a última. Ganhou o nome de praieira, pois a sede do jornal dirigido pelos liberais revoltosos (chamados de praieiros) situava-se na rua da Praia.

Guerra do Paraguai

Conflito armado em que o Paraguai enfrentou a Tríplice Aliança (Brasil, Argentina e Uruguai) com apoio da Inglaterra. Durou entre os anos de 1864 e 1879 e levou o Paraguai a derrota e a ruína. 

Ciclo do café

Na segunda metade do século XIX, o café tornou-se o principal produto de exportação brasileiro, sendo também muito consumido no mercado interno.

Os fazendeiros (barões do café), principalmente paulistas, fizeram fortuna com o comércio do produto. As mansões da Avenida Paulista refletiam bem este sucesso. Boa parte dos lucros do café foi investida na indústria, principalmente nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, favorecendo o processo de industrialização do Brasil. 

Imigração

Muitos imigrantes europeus, principalmente italianos, chegaram para aumentar a mão-de-obra nos cafezais de São Paulo, a partir de 1850. Vieram para, aos poucos, substituírem a mão-de-obra escrava que, devido as pressões da Inglaterra, começava a entrar em crise. Além de buscarem trabalho nos cafezais do interior paulista, também foram para as grandes cidades do Sudeste que começavam a abrir muitas indústrias.

Questão abolicionista

- Lei Eusébio de Queiróz (1850): extinguiu oficialmente o tráfico de escravos no Brasil
- Lei do Ventre Livre (1871): tornou livre os filhos de escravos nascidos após a promulgação da lei.
- Lei dos Sexagenários (1885): dava liberdade aos escravos ao completarem 65 anos de idade.
- Lei Áurea (1888): assinada pela Princesa Isabel, aboliu a escravidão no Brasil.



Crise do Império

A crise do 2º Reinado teve início já no começo da década de 1880. Esta crise pode ser entendida através de algumas questões:

- Interferência de D.Pedro II em questões religiosas, gerando um descontentamento nas lideranças da Igreja Católica no país;

- Críticas e oposição feitas por integrantes do Exército Brasileiro, que mostravam-se descontentes com a corrupção existente na corte. Além disso, os militares estavam insatisfeitos com a proibição, imposta pela Monarquia, pela qual os oficiais do Exército não podiam dar declarações na imprensa sem uma prévia autorização do Ministro da Guerra;

- A classe média brasileira (funcionário públicos, profissionais liberais, jornalistas, estudantes, artistas, comerciantes) desejava mais liberdade e maior participação nos assuntos políticos do país. Identificada com os ideais republicanos, esta classe social passou a apoiar a implantação da República no país;

- Falta de apoio dos proprietários rurais, principalmente dos cafeicultores do Oeste Paulista, que desejavam obter maior poder político, já que tinham grande poder econômico. Fazendeiros de regiões mais pobres do país também estavam insatisfeitos, pois a abolição da escravatura, encontraram dificuldades em contratar mão-de-obra remunerada.

Fim da Monarquia e a Proclamação da República

Em 15 de novembro de 1889, o Marechal Deodoro da Fonseca, com o apoio dos republicanos, destituiu o Conselho de Ministros e seu presidente. No final do dia, Deodoro da Fonseca assinou o manifesto proclamando a República no Brasil e instalando um governo provisório.

No dia 18 de novembro, D.Pedro II e a família imperial brasileira viajaram para a Europa. Era o começo da República Brasileira com o Marechal Deodoro da Fonseca assumindo, de forma provisória, o cargo de presidente do Brasil.




quarta-feira, 9 de novembro de 2016

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Paródia: Regências


O que é Regência?

regência

Significado de Regência

s.f.Ação ou efeito de reger.Dignidade, função do que governa um país na falta ou na minoridade do soberano.Duração dessa dignidade.Comissão, junta ou corporação encarregada do governo interino de um Estado.Gramática Relação de dependência entre as palavras de uma oração ou entre as orações de um período.

Regências: Regências no Brasil - resumo, revoltas regenciais, história

Introdução

O Período das Regências na História do Brasil teve início em 1831 com a abdicação de Dom Pedro I e terminou em 1840 com o Golpe da Maioridade. Nesta época o Brasil foi governado por regentes, pois o herdeiro direto ao trono brasileiro, Dom Pedro II, possuía apenas 5 anos com seu pai abdicou e, portanto, não podia assumir o poder.

Contexto histórico (instabilidade política e social)

Foi uma época marcada por muitas revoltas regionais (algumas de caráter separatista), conflitos políticos pela disputa de poder e revoltas sociais (pelas péssimas condições sociais em que vivia grande parte da população do país). Esta instabilidade foi provocada, principalmente, pela falta de um governo forte capaz de organizar as forças políticas do país e resolver os problemas básicos da população pobre e miserável.

No campo político, houve uma disputa entre três grupos: restauradores (queriam a volta ao poder de Dom Pedro I); exaltados (defendiam a descentralização do poder e autonomia das províncias) e moderados (defendiam a monarquia e o governo centralizado).

Regência Trina Provisória – abril a junho de 1831

Os deputados escolheram para assumir de forma provisória os senadores José Joaquim Carneiro de Campos, Nicolau Pereira de Campos Vergueiro e o brigadeiro Francisco de Lima Silva. Este governo teve como função principal realizar eleições para a eleição de uma regência permanente.

Regência Trina Permanente - 1831 a 1835

Eleitos pela Assembleia-Geral, foi composta por Francisco de Lima e Silva (brigadeiro), João Bráulio Muniz (deputado da região norte) e José da Costa Carvalho (juiz e político representante das regiões sudeste e sul).

Regência Uma de Feijó – 1835 a 1837

Época em que o país foi governado pelo padre Diogo Antônio Feijó. Defensor da ordem e da manutenção da aristocracia no poder. Neste período houve muitas revoltas no Brasil. Feijó, não conseguindo contê-las, renunciou em 1837.

Regência Una de Araújo Lima – de 1837 a 1840

Araújo Lima era presidente da Câmara dos Deputados pelo Partido Conservador. Rico proprietário rural nordestino, seu governo foi marcado por medidas conservadoras.

Golpe da Maioridade (1840)

Os liberais, fora do poder da regência de Araújo Lima, defendiam Dom Pedro II no poder mesmo sem ele ter atingido a maioridade (18 anos). Diziam que somente com a figura forte do imperador no poder seria capaz do Brasil retomar a ordem, colocando fim nas rebeliões e no risco de fragmentação territorial. Assim, os liberais conseguiram, através do Golpe da Maioridade, levar ao poder Dom Pedro II com apenas 14 anos de idade. Era o fim do período das regências na História do Brasil.

Principais revoltas ocorridas durante as Regências no Brasil:

- Cabanagem no Pará (1835 a 1840)

- Sabinada na Bahia (1837 a 1838)

- Balaiada no Maranhão (1838 a 1841)

- Guerra dos Farrapos no Rio Grande do Sul (1835 a 1845)

Vídeo aula sobre o 1° reinado!


















Bandeira do Brasil no Primeiro Reinado

D.Pedro I: imperador do Brasil durante o Primeiro Reinado

D.Pedro I: imperador do Brasil durante o Primeiro Reinado

O reinado de D.Pedro I

Introdução

O Primeiro Reinado é a fase da História do Brasil que corresponde ao governo de D. Pedro I. Tem início em 7 de setembro de 1822, com a Independência do Brasil e termina em 7 de abril de 1831, com a abdicação de D. Pedro I.

O governo de D. Pedro I enfrentou muitas dificuldades para consolidar a independência, pois no Primeiro Reinado ocorrem muitas revoltas regionais, oposições políticas internas.

Reações ao processo de Independência

Em algumas províncias do Norte e Nordeste do Brasil, militares e políticos, ligados a Portugal, não queriam reconhecer o novo governo de D. Pedro I. Nestas regiões ocorreram muitos protestos e reações políticas. Nas províncias do Grão-Pará, Maranhão, Piauí e Bahia ocorreram conflitos armados entre tropas locais e oficiais.

Constituição de 1824

Em 1823, durante a elaboração da primeira Constituição brasileira, os políticos tentaram limitar os poderes do imperador. Foi uma reação política a forma autoritária de governar do imperador. Neste mesmo ano, o imperador, insatisfeito com a Assembleia Constituinte, ordenou que as forças armadas fechassem a Assembleia. Alguns deputados foram presos.

D.Pedro I escolheu dez pessoas de sua confiança para elaborar a nova Constituição. Esta foi outorgada em 25 de março de 1824 e apresentou todos os interesses autoritários do imperador. Além de definir os três poderes (legislativo, executivo e judiciário), criou o poder Moderador, exclusivo do imperador, que lhe concedia diversos poderes políticos.

A Constituição de 1824 também definiu leis para o processo eleitoral no país. De acordo com ela, só poderiam votar os grandes proprietários de terras, do sexo masculino e com mais de 25 anos. Para ser candidato também era necessário comprovar alta renda (400.000 réis por ano para deputado federal e 800.000 réis para senador).

Guerra da Cisplatina

Este foi outro fato que contribuiu para aumentar o descontentamento e a oposição ao governo de D.Pedro I. Entre 1825 e 1828, o Brasil se envolveu na Guerra da Cisplatina, conflito pelo qual esta província brasileira (atual Uruguai) reivindicava a independência. A guerra gerou muitas mortes e gastos financeiros para o império. Derrotado, o Brasil teve que reconhecer a independência da Cisplatina que passou a se chamar República Oriental do Uruguai.

Confederação do Equador

As províncias de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará formaram, em 1824 a Confederação do Equador. Era a tentativa de criar um estado independente e autônomo do governo central. A insatisfação popular com as condições sociais do país e o descontentamento político da classe média e fazendeiros da região com o autoritarismo de D.Pedro I foram as principais causas deste movimento.

Em 1824, Manuel de Carvalho Pais de Andrade tornou-se líder do movimento separatista e declarou guerra ao governo imperial. 

O governo central reagiu rapidamente e com todos as forças contra as províncias separatistas. Muitos revoltosos foram presos, sendo que dezenove foram condenados a morte. A confederação foi desfeita, porém a insatisfação com o governo de D.Pedro I só aumentou.



Desgaste e crise do governo de D.Pedro I

Nove anos após a Independência do Brasil, a governo de D.Pedro I estava extremamente desgastado. O descontentamento popular com a situação social do país era grande. O autoritarismo do imperador deixava grande parte da elite política descontente. A derrota na Guerra da Cisplatina só gerou prejuízos financeiros e sofrimento para as famílias dos soldados mortos. Além disso, as revoltas e movimentos sociais de oposição foram desgastando, aos poucos, o governo imperial.

Outro fato que pesou contra o imperador foi o assassinato do jornalista Libero Badaró. Forte crítico do governo imperial, Badaró foi assassinado no final de 1830. A polícia não encontrou o assassino, porém a desconfiança popular caiu sobre homens ligados ao governo imperial.

Em março de 1831, após retornar de Minas Gerais, D.Pedro I foi recebido no Rio de Janeiro com atos de protestos de opositores. Alguns mais exaltados chegaram a jogar garrafas no imperador, conflito que ficou conhecido como “A Noite das Garrafadas”. Os comerciantes portugueses, que apoiavam D.Pedro I entraram em conflitos de rua com os opositores.

Abdicação

Sentindo a forte oposição ao seu governo e o crescente descontentamento popular, D.Pedro percebeu que não tinha mais autoridade e forças políticas para se manter no poder.

Em 7 de abril de 1831, D.Pedro I abdicou em favor de seu filho Pedro de Alcântara, então com apenas 5 anos de idade. Logo ao deixar o poder viajou para a Europa.

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Curiosidades da independência

– Você sabia que os primeiros países a reconheceram a Independência do Brasil foram os Estados Unidos e o México? Já Portugal, cheio de rancor, exigiu o pagamento de uma indenização de 2 milhões de libras esterlinas para reconhecer a Independência de nosso país.
– Pedro Américo pintou o quadro mais famoso sobre a Independência do Brasil, intitulado “Independência ou Morte”. A curiosidade é que a obra foi feita apenas em 1888, mais de 60 anos após a Proclamação da Independência, e o artista ainda nem era nascido em 1822. O quadro, pintado em Florença, na Itália, foi uma encomenda da Corte e é, até hoje, motivo de muitas dúvidas pelos elementos que apresenta.
– No quadro de Pedro Américo, D. Pedro I, assim como todos os seus soldados, aparecem montados em cavalos. Porém, naquela época, as viagens eram feitas utilizando mulas e jumentos como meio de transporte. Além disso, a comissão de D. Pedro I era formada por pouquíssimos soldados, principalmente porque ele estava voltando de uma viagem que fez até a casa da marquesa de Santos, sua amante, então não faria sentido ser acompanhado por toda uma tropa.
– A história oficial e o hino nacional relatam que o grito de Independência foi dado às margens do rio Ipiranga, mas há controvérsias. Segundo historiadores, na verdade, D. Pedro I proclamou a Independência no alto de uma colina, próxima ao riacho, onde se recuperava de um mal-estar intestinal.

Hino da Independência

Hino da Independência - Letra 
Já podeis, 
da Pátria filhos, 
Ver contente a mãe gentil; 
Já raiou a liberdade
 No horizonte do Brasil. 
Brava gente brasileira! 
Longe vá... temor servil:
 Ou ficar a pátria livre 
Ou morrer pelo Brasil.
 Os grilhões que nos forjava
 Da perfídia astuto ardil... 
Houve mão mais poderosa: 
Zombou deles o Brasil. 
Brava gente brasileira! 
Longe vá... temor servil: 
Ou ficar a pátria livre 
Ou morrer pelo Brasil. 
Não temais ímpias falanges, 
Que apresentam face hostil; 
Vossos peitos, vossos braços 
São muralhas do Brasil. 
Brava gente brasileira!
 Longe vá... temor servil: 
Ou ficar a pátria livre 
Ou morrer pelo Brasil. 
Parabéns, ó brasileiro, 
Já, com garbo juvenil, 
Do universo entre as nações 
Resplandece a do Brasil. 
Brava gente brasileira! Longe vá... temor servil: 
Ou ficar a pátria livre 
Ou morrer pelo Brasil.

Independência ou morte!!!



   O histórico 7 de setembro às margens do rio Ipiranga

O processo de emancipação política do Brasil

 No final do século XVIII, as restrições econômicas de Portugal ao Brasil chegaram ao seu ponto máximo,  ao mesmo tempo em que as idéias liberais difundiam-se pelo país. A Inconfidência ( ou Conjuração) Mineira seria o primeiro movimento a manifestar claramente a intenção de romper com Portugal. Alguns anos depois eclodiria a Conjuração Baiana ( também chamada de Inconfidência Baiana), movimento com características acentuadamente populares. Em 1817 ocorreria em Pernambuco a chamada Insurreição Pernabucana, a maior rebelião colonial pela independência.

  • Causa da ruptura do sistema colonial: o aparecimento do capitalismo industrial na Europa, a parti de meados do século XVIII, foi a causa profunda que determinou a cria do sistema colonial. Isso porque o capitalismo industrial não se acomodava com as barreiras do regime de monopólio, nem como o regime de trabalho escravista. Assim, com o progresso desse capitalismo, os impérios coloniais ibéricos (Espanha e Portugal) estavam definitivamente condenados.
  • A vida da família real para o Brasil: devido à invasão franco-espanhola ao território português, em 1807, a família real foi obrigada a abandona Portugal, transferindo a sede do Reino para o Brasil. Napoleão alio-se à Espanha para invadir Portugal porque D. João recusava-se a participar do Bloqueio Continental contra a Inglaterra.
  • A abertura dos portos e outras medidas D. João:cedendo ás pressões inglesas. D.João decretou, em 1808, a  abertura dos portos brasileiros às  naões amigas. Assim, o monopólio do comércio colonial ficava extinto, exceto para alguns poucos  produtos como o sal e o pau-brasil. A grande beneficiária dessa medida foi a Inglaterra que, obtendo junto ao Governo português vantagens alfandegárias pra a importação de seus produtos (Tratado de 1810), passou a ser a maior fornecedora de produtos industrializados para o Brasil. Entre outras medidas administrativas de D. João, destacava-se a elevação do Brasil, em 1815, á categoria de Reino Unido aos de Portugal e Algarves.
  • A Revolução Pernambucana de 1817: o aumento dos impostos, a seca de 1816 e a crise da agricultura afetando o açúcar e o algodão foram as principais causa responsáveis pela eclosão da Revolução Pernambucana de 1817. Fazia parte do projeto dos revolucionários a proclamação da Republica e a elaboração de uma Constituição liberal. A Revolução foi reprimida pelo Governo de D. João VI e seus principais líderes foram  condenados à morte.
  • O processo da independência: em consequência da Revolução do Porto, D. João VI viu-se obrigado a deixar o Brasil e partir para Portugal, em 26 de abril de 1821. Governando o Brasil ficou D. Pedro, na qualidade de Príncipe Regente. Assumindo  o controle da situação política em Portugal, as Cortes manifestaram a intenção de recolonizar o Brasil e promover o retorno do monopólio comercia. Reagindo a essas intenções, surgiu o Partido Brasileiro que se movimentou em torno de D.Pedro, fortalecendo sua  autoridade interna e encaminhando o processo de independência. Esta é oficialmente proclamada  em 7 de setembro de 1822.

O que é Emancipação?

emancipação
substantivo feminino
  1. 1.
    qualquer libertação; alforria, independência.